A VERDADEIRA PÁSCOA

Objetivos:

_No final da lição, a criança deverá:
_Compreender o significado e a origem da Páscoa;
_Aceitar o pagamento do pecado feito por meio da morte de Cristo na cruz em seu favor;

História:

      Deus chamou um homem da Mesopotâmia (Iraque), chamado Abraão e, por meio dele e de seus filhos, formou uma nação, chamada Israel, e fez dessa nação o seu povo, ou, “Povo de Deus”.

      Abraão teve filhos e netos e assim crescia a família de Deus e a nação de Israel.

      Em certa época, houve uma grande fome sobre a terra e atingiu também a terra de Canaã onde eles habitavam. Entretanto, José, um dos doze filhos de Jacó, neto de Abraão, foi nomeado Governador do Egito, pois habitava ali. Como a fome era gravíssima em toda a terra, e atingia também a terra onde seus pais habitavam e, para que não morressem de fome, José os levou para morarem com ele, no Egito. Os anos se passaram, acabou a fome e o povo de Deus vivia feliz na região de Gósen, no Egito.

      Depois da morte de José foi nomeado outro Governador, este novo Governador não pertencia ao “Povo de Deus” e, nem gostava deles; um dia então, ele foi até Faraó e avisou-o que o “Povo de Deus” estava crescendo muito, e, caso ele não tomasse cuidado poderia acontecer uma guerra e seu exército seria vencido. Então, Faraó, com medo do que pudesse acontecer, ordenou que as parteiras matassem todos os meninos, recém-nascidos, do “Povo de Deus”.

      Dessa forma, o “Povo de Deus” sofria cada dia mais; não recebiam salário pelo trabalho que faziam, tornando-se escravos dos egípcios. Embora, implorassem por liberdade para cultuar ao seu Deus, no deserto, ou, para irem embora para Canaã, Faraó não os deixavam ir e ainda ordenava aos soldados que os torturassem.

      Deus não deixaria seu povo sofrer para sempre; Seu Amor é muito grande para permitir que seus filhos sofram injustiças. A Bíblia nos diz que Deus nos ama com amor eterno (Jr. 31:3), e, em nenhum momento da história da humanidade Deus abandonou sua criação.
      Então, Deus revelou a Moisés um plano para libertar o seu povo, mandando várias pragas para atormentar a vida dos egípcios, em seguida, ordenou ao povo um ritual interessante, chamado pascoa, e esse seria o marco da Libertação do “Povo de Deus”.

      O “Povo de Deus”, em cada casa, deveria escolher um cordeiro de um aninho e matá-lo, depois pegar uma esponja, molhar no sangue daquele animalzinho e passar nos portais da porta, assim impediriam a entrada do anjo da morte em suas casas; em seguida, deveriam assar o cordeiro para comê-lo com ervas amargas e pãezinhos sem fermento. Deus lhes ordenou que ao comerem aquela carne, deveriam estar com roupas de sair e com as malas prontas, pois algo surpreendente iria acontecer (Êxodo 12).

      Assim fizeram; e à meia noite, Deus mandou o “Anjo da Morte” para o Egito com a ordem de matar todos os primogênitos, de homens e de animais, todos deveriam morrer; porém, se na porta tivesse sangue, o anjo não poderia entrar, então, o primogênito sobreviveria.

      Foi uma noite de terror para os egípcios e, de vitória para o “Povo de Deus” que, apressadamente, enquanto Faraó lamentava a morte do seu filho primogênito, o povo de Deus fugiu daquele lugar. Agora, eles estavam livres e, Deus prometeu que lhes daria uma terra fértil e abençoada. Deus ordenou que todos os anos comemorassem esta data repetindo o mesmo ritual da noite em que foram libertos! A esta festa deram o nome de “Páscoa” que quer dizer “Passagem”, ou seja, passagem da prisão para a liberdade.

      O povo de Deus nunca se esqueceu do dia em que foram libertos por meio da mão poderosa de Deus. Todos os anos eles comemoravam a Páscoa, lembravam que um dia foram escravos, mas agora estavam livres e felizes; lembravam que antes não tinham lugar para morar, mas agora Deus lhes dera uma terra.

      Muitos anos depois, aconteceu um fato extraordinário que mudou a história de toda a humanidade , nunca mais a Páscoa seria a mesma. Quando Jesus completou 33 anos, o povo de Deus estava reunido em Jerusalém para a comemoração de mais uma Páscoa. (Mateus 26:17-19) Os discípulos estavam ali também e, já tinham até arrumado uma casa para celebrarem a Páscoa com o Senhor, mas o que viria a acontecer, eles nem imaginavam, apesar do Mestre ter-lhes avisado, não entenderam.

      Então, naquela noite, o Senhor Jesus convidou os discípulos para irem orar com Ele no Monte das Oliveiras. Ele sabia que já estava chegando a hora de acontecer o Seu sacrifício. Quando Jesus quis vir a este mundo, Ele sabia que viria com uma missão, a de morrer pela humanidade; Ele veio sabendo do sacrifício que teria que fazer por todos nós, e o que O motivou a aceitar esta missão foi o grande amor que sempre teve pelo homem, criado a imagem e semelhança de Deus, mas que um dia ao pecar, ficou distante dele. Agora, o Senhor Jesus daria a Sua vida, em sacrifício, para perdoar os pecados de todos os que acreditassem que Ele é Deus, e que esse sacrifício é suficiente e eficaz para nos dar a salvação. (João 10:18)

      No monte das oliveiras, enquanto orava, Jesus sentiu um tormento muito grande; a morte estava pertinho do nosso Mestre, a Sua agonia era tão grande que Seu suor virou gotas de sangue, mas Ele não recuou. Seu amor por mim, e por você, foi maior, assim Ele continuou firme a espera do momento de Sua morte.
      Naquela noite, ao prenderem Jesus, as pessoas estavam escolhendo o cordeiro que seria sacrificado para a Páscoa; enquanto isto, os soldados foram ao local que Jesus estava e levaram-no e como um cordeiro mudo, Ele não abriu a boca. (Isaías 53:07 )

      Naquele momento, Jesus era o cordeiro de Deus (João 01:29 ) e estava pronto para tirar o pecado do mundo. No outro dia, os cordeirinhos foram levados presos ao templo e lá os sacerdotes os matariam e o sangue era derramado no altar e oferecido a Deus em sacrifício. No mesmo momento, Jesus também foi levado a cruz e ali derramou Seu sangue em sacrifício Vivo e Verdadeiro. Porém, o sacrifício de Jesus foi perfeito e suficiente para salvar toda a humanidade, Jesus era o Perfeito Filho de Deus, Justo , sem pecado e o seu castigo nos trouxe a Paz ( Isaías 53:05).

      Depois que o sacerdote derramava o sangue do cordeiro no altar do sacrifício, as pessoas levavam suas carnes para casas, assavam e comiam celebrando a Páscoa, era uma grande festa, eles lembravam do dia da libertação do Egito, mas os discípulos de Jesus estavam tristes, pois o Mestre estava morto e sepultado num túmulo.

      Na manhã de domingo, bem cedinho, Maria que era amiga de Jesus foi ao sepulcro do Mestre, ela queria despejar ervas e óleo sobre o corpo de Jesus para perfumá-lo e expressar seu amor e dedicação por Ele. Maria amava muito o Mestre, ela nunca esqueceu do dia que o Senhor Jesus a livrou das mãos de Satanás. No caminho, Maria pensava que precisaria de ajuda para entrar no sepulcro, pois Pilatos mandou que colocassem uma pedra enorme na porta, mas ao chegar lá, ela teve uma surpresa, a grande pedra que tampava o sepulcro, tinha sido removida e quando olhou para dentro daquele túmulo, o corpo de Jesus não estava mais ali, então ela ficou muito triste e começou a chorar, pensava que alguém havia roubado o corpo do Mestre, mas de repente, dois anjos apareceram e perguntaram por que ela estava chorando, então, ela disse que estavam tristes porque o corpo do Mestre havia sumido e não sabiam onde estava.

      Ela ainda estava chorando quando Jesus apareceu e lhes disse para não chorar, Maria estava tão emocionada que nem percebeu que era Jesus que falava, pensou que era o jardineiro, mas quando Jesus a chamou pelo nome, ela percebeu que era o Mestre, ficou muito feliz, porque Jesus, apesar de ter morrido na cruz, ressuscitou, pois nem a morte conseguiu detê-lo. Ele ressuscitou e está vivo agora no céu ao lado de Deus. Jesus é a nossa Páscoa. Ele estava morto, más passou a viver novamente. Estamos felizes e celebramos nossa Páscoa como Jesus nos ensinou, quando tomou a ceia com seus discípulos.

      Comemos o pão que simboliza o corpo de Cristo e bebemos o vinho que simboliza o sangue que Ele derramou na cruz. Essa é a nossa Páscoa! Assim, lembramos que, através do sacrifício de Jesus, deixamos de ser escravos do pecado e nos tornamos livres. Agora, o pecado já não tem poder em nossa vida, pois somos filhos de Deus e o servimos. Lembramos também, que o Senhor Jesus disse que, um dia vai nos tirar deste mundo e nos levará para morar com Deus na Nova Jerusalém! Amém!

Rosângela Isméria